#149. Capítulo 14 [Ago/Set/Out/Nov/Dez de 2015]

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#149. Capítulo 14 [Ago/Set/Out/Nov/Dez de 2015]

{Capítulo 14 – O dia em que no meio da noite percebi que não era tarde}

Como em um sonho, encontrei-me comigo mesmo. Lá estava eu na festinha em comemoração ao meu primeiro aniversário! Era estranho comparar o rapaz de agora com aquele bebê de outrora. Acordei tão diferente - como se frágil - apesar da resiliência. Parecia que a existência de um irresoluto alguém terminaria aos 23, mas quem és tu, branco, para dizer? Se um homem não se recorda de seu nascimento, tampouco não passará do dia de sua morte, seu hipotálamo - não obstante - optaria em ver apenas um dia. Era atemporal.

Montanha-russa brasileira. A noite parecia não ter fim. As luzes iam sumindo e, gradativamente, a esperança parecia partir. Dizer que o silêncio grita não é novidade. É irrisório diante de situações em que deve-se falar somente o necessário. Desapontado? Triste? Irado? Calado! Eu falo quando mudo, eu mudo quando falho. Falas e falhas em meu mundo, mudo meu mundo quando falho. Há quem pinta, há quem colore, há quem retoque, há quem lustra. Há quem quer colorir a vida de preto (sem branco). Quando a objetividade se esconde do subjetivismo, aí sim! Finalmente, você rompeu a barreira dos "meios-termos". Há quem ri de situações que fazem outros chorarem. Há quem se perde tentando encontrar seu lugar no mundo; há quem é achado quando antes era mais um perdido em meio a tantos. Um pouco de emoção aflora, digo somente o necessário. Sentimentos inefáveis, pensamentos ao contrário. Viver quebra a lógica, meu Criador é extraordinário. Mistérios inimagináveis não cabem em meu frágil diário.
 
Acima de outra coisa, esteja debaixo da graça. Não deixe o ambiente te corromper, recuse se adaptar. Autocontrole, soldado! Cuidado com mudanças repentinas. Brigas que começam por intimidações terminam em quedas aos poucos. Querem saber se você é capaz, mas nas armadilhas da dúvida muitos já caíram. Algumas coisas não devem ser levadas tão a sério. Descontração se constrói. Na missão de romper com o próprio eu, coloque-se no lugar do outro. Professores viram alunos e veem seus próprios medos refletidos em faces distintas. Lições são dadas com a indiferença do diferente, não na igualdade do mesmo. Exerça misericórdia diante do arrependimento[1] e quanto à justiça... fazei bem aos que vos odeiam [2]. Esbravejar soa como tolice. Perder parece inaceitável. Os fins nem sempre justificam os meios. Quem estuda música, quer logo tocar. Quem estuda surf, quer surfar. Quem estuda inglês, quer logo falar, mas até lá... há muito a ser feito. Menos improviso, mais planejamento. É aprendendo a perder que você poderá sorrir no dia que tanto espera.

Arrependa-se! Jesus vive, reina e voltará!

Nem tudo são flores nas reuniões de fim de ano. Não se finja de cego, não tape os olhos. Furacões e terremotos destroem os lugares por onde passam; instantaneamente modificam seus ambientes. Situação contrária é a feita pelo invisível das árvores que crescem em sua estação própria, pelo vapor de água que sobe para tornar-se em nuvem e chuva cair para tudo recomeçar. Aprendi no filme: não fazer nada e ficar quieto não são a mesma coisa[3]. Nem tudo é compartilhável. Não despreze certas informações; use-as no tempo certo. Achar que apenas os “mais conceituados” acertam não é normal. Opiniões e gostos são subjetivos. Não há meio termo. Por mais difícil que seja manter a palavra, faça o que você disse que faria. Velar pela palavra faz parte de um caráter honrado. Se você tem medo de morrer ou acha que não poderá sofrer por servir a Cristo, você não sabe o que é ser cristão. As lentes do óculos refletem o reflexo da luz artificial. Vidas artificiais disfarçam-se de vida. Não resolva por redes sociais aquilo que apenas uma boa conversa olho no olho permite. Permanecer na rotina do erro e se acostumar com as más notícias também não é normal. Erradique a sombra que pode continuar crescendo ao ponto de te cobrir. Quanto mais você responde que não se encontra bem, mais motivos haverá para justificar tal afirmação. Sinta prazer em ser filho de Deus e envolver-se em Sua obra.

São tantos projetos, desejos, corações e sentimentos envolvidos, mas há o peso de deixar certas situações para trás. Você agora tem pincéis pretos e brancos. Colorir o mundo em escala de cinza vale a pena para si próprio? Creio que não. Fingir-se de tolo pode parecer sabedoria, mas quem saberá? Deixe as soluções sobreporem as desculpas. Perder as estribeiras não é motivo para dizer tudo o que se pensa. No luto, lute. Não traga os rascunhos rasgados, desça. Lembre-se de quem te quer bem, suba. Não aceite respostas prontas, mantenha os princípios, não se assuste. Levante os olhos para o céu. É lá que mora um Deus bom cuja misericórdia e amor são eternos. [4]

Agosto de 1945: os Estados Unidos lançam bombas atômicas sobre as cidades japonesas de Hiroshima e Nagasaki causando destruição em massa. Fissão Nuclear: um átomo se subdivide e libera cada vez mais energia ao ponto de deixar pessoas com sequelas para o resto da vida e outras sem ela. Nossa estrela - o Sol - também libera energia em massa. Aquela frase comum de que “a união faz a força” nunca foi tão forte. Fusão Nuclear: diante da pressão, dois átomos colidem entre si e liberam energia em peso. Fusão e fissão - em outras palavras, união e divisão -. Enquanto uns se unem para mudar positivamente o ambiente ao seu redor, outros causam discórdia com propagações persuasivas para destruí-lo. A depender da perspectiva, você pode ser um multiplicador de falsa moral/bons princípios ou reconhecer que precisa de alguém e alguns ao teu lado para mudar o seu mundo. Você pode ter a gasolina enquanto outros tem a caixa de fósforos. Quando não, pare de se espelhar no casulo alheio. Enquanto você perde tempo pensando nisso, tuas lagartas já poderiam ter criado asas e voado. Fusão ou fissão? Absorver ou observar? Dividir ou somar? (Jesus disse que casas divididas contra si mesmas não subsistem) E aí? O que você tem feito?!

Louvai ao Senhor porque Ele é bom e Seu grande amor é eterno!

Deixar sua marca?! Ter paz diante de certas mensagens, talvez não seja a regra. [5] Quebre o senso comum. Levante-se e fique de pé. Você não é obrigado a aceitar calado o que a sociedade tenta impor como normalidade. Mudanças às vezes são frutos de guerras, e sabe?! Guerras nem sempre envolvem armas, e sim ideologias. Você já experimentou resolver o caso das drogas com diálogo e amor? Deus intervém no meio do caminho [6] para agir conforme Seu querer soberano. Sede grato e tenha paz; tenha paz e sede grato [7]. Cuidado com os elogios demasiados e com a altivez de espírito. Eles podem te possuir! Os orgulhosos vão comer capim. Por mais que algo pareça invisível em certas ocasiões, alguns detalhes ainda chamam a atenção. E acredite: sem falar nada, eles dizem muito.

No mundo dos mudos, o ventríloquo comanda e manda. Já não se sabe se a ignorância é ignorada ou não. Agir fora do normal não seria normal se os nossos padrões de normalidade não fossem tão normais. Parece que mudo você tenta mudar o seu mundo, mas falha em falar. Tenso! É quando você brinca de movimentar o mundo com a sua mente, de controlar o mundo ao seu redor. As pessoas parecem fantoches. Já não se conhece o divisor entre o real e o imaginário, entre o conotativo e o denotativo. Crise existencial, psicose, loucura...? Na-na-ni-na-não! Não mais! A lição foi aprendida: se você deseja ser professor a fim de deixar todos seus alunos passarem, definitivamente, você não sabe o que é ser um. Quebre suas frustrações; se recuse. E se parecer sem sentido, apenas sinta.

É inevitável escolher algo sem descartar outras opções. Escolhas exigem descarte. Escolhas não toleram imparcialidade. Escolhas podem deixar feridas no coração de pessoas que querem teu bem, mas o teu egoísmo prefere sufocar as dores de um amor que só o amor pode curar. Enquanto isso, você escolhe se esconder atrás de sorrisos, mas não dá para disfarçar o olhar. Usamos tantas máscaras para tentar mostrar aos outros coisas que não somos que após algum tempo já não nos conhecemos mais. Evite fingimentos. Lá no fundo quem mais sofre com tudo isso é você mesmo. Viva. Pode parecer estranho, mas viva. Caso contrário, você não terá histórias para contar em um futuro que você nem sabe se virá, porque, de repente, aquilo que agora é já não é mais. Deseja-se muito, faz-se pouco; sentimos muito quando nada sentimos. O tempo parece não ser curto para curtir ações que podem ser desfeitas ou rápido demais para curtir aquilo que realmente pode ser perdido. Não consertamos nossos concertos e a vida vai passando. Curta os bons momentos que virão, porque os posts do Facebook podem ser desfeitos, mas os lances da vida curta, não. “Por que, que é a vossa vida? É um vapor que aparece por um pouco, e depois se desvanece." [8]

A batida começa desejando efeitos fúteis. Gatos humanos ignoram jaulas; kamikazes levam medo nos olhos. Parece que rasguei silêncios tímidos. Um velho whisky, xerife... you zZzzZZ. Uns gostam de brincar, outros de escrever. Uns escrevem por diversão, outros se divertem por ler [9]. O conceito de normal que me foi taxado foi o de fazer coisas anormais. Para o Eterno Inconformado nada tão fora do comum. Eu avisei: algumas coisas não devem ser levadas tão a sério. Por mais dramática que determinada situação possa estar, seja sincero consigo mesmo e descubra onde você tem errado. Não culpe pessoas, não pondere circunstâncias, responsabilize-se. Não culpe a Deus; quem erra somos nós. Você não está isento de erros e pare de dizer para si próprio que não está bem quando - ainda que não esteja - há o que aprender (ou a perder ou a consertar). Conte com os amigos certos e sabe o principal? Agradeça a Deus em todo tempo. Ele é bom e Sua misericórdia é eterna.

Deus é bom! =]
Deus é bom! =]

REFERÊNCIAS:
[1] Conforme Habacuque 3:2.
[2] Conforme Mateus 5:44.
[3] O filme mencionado é Karatê Kid.
[4] Trechos oriundos do texto “120” em memória a uma ex-aluna.
[5] Conforme Daniel 7:28.
[6] Conforme Atos dos Apóstolos 16.
[7] Conforme Colossenses 3:15.
[8] Tiago 4:14b.
[9] Trechos oriundos do texto “Somos Especiais” compartilhado por uma criança em um sarau.
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